Qual é o Objetivo Final da Extrema-Direita? Uma Sociedade que Suprima a Maioria

É importante perceber as ideias neoliberais que hoje se tornaram uma espécie de lugares-comuns, debitados sem pensar por toda a espécie de comentadores. Na sua origem estão três pensadores do princípio do século XX, Frederich Hayeck, Ludwich Von Mises e James McGill Buchanan. A corrente coalesceu a seguir ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando a doutrina dominante era a intervenção do estado na ecomomia, de acordo com as ideias de John Maynard Keynes. Estes pensadores defendiam a liberdade total dos mercados e a não intervenção do Estado. Opunham-se ao comunismo, o que não era original, mas opunham-se ao Plano Marshall na Europa, o que na altura fazia deles párias minoritários. Como é mencionado nesta entrevista, juntou-se-lhes o multimilionário Charles Koch, que montou uma complexa rede de fundações, think tanks e redes de influenciadores de eleições.

Os resultados dessa máquina de propaganda multinível começaram a resultar com a conquista de uma parte do pensamento universitário dos EUA e os prémios Nobel para Milton Friedman e Buchanan. Depois de ter auxiliado Pinochet no seu plano económico, Friedman tornou-se uma personalidade mediática com uma série televisiva onde divulgava as suas ideias.

Hoje a cartilha neoliberal domina o Partido Republicano dos EUA, nos seus diversos sabores, mais liberal ou mais autoritário, grande parte do Partido Democrata, os partidos do chamado centro na Europa e também grande parte dos socialistas "moderados" ou trabalhistas, o que se chamou a Terceira Via, de Tony Blair a Sócrates, de Caballero a Hollande. Felizmente, hoje os rasgões na manta neoliberal são cada vez maiores, como todos sabemos. Bernie Sanders, António Costa, o nosso Bloco, o Podemos, durante um tempo o Siriza, Mélenchon, Corbyn, vamos a ver.


Um exemplo curioso do alcance da máquina de Koch foi um livro publicado por dois académicos financiados pela sua rede, Carmen Reinhart e Ken Rogoff, "Crescimento em Tempos de Dívida" que tentava mostrar que os países com demasiada dívida pública deixavam de crescer. O livro era então um auxiliar fundamental dos promotores de medidas austeritárias. Só que se veio a saber que as folhas de cálculo em que se baseavam as conclusões do livro estavam grosseiramente erradas e, quando corrigidas, as conclusões seriam completamente diferentes. Foi um escândalo. Mesmo assim, já depois do escândalo ser conhecido, apareceu uma edição portuguesa, prefaciada, sabem por quem? pelo nosso ex-ministro das Finanças pafista Vítor Gaspar. Portanto a rede dos irmãos Koch chega até cá. E o Vítor Gaspar faz parte dela, não é parvo nem mal informado e já devia saber que o livro tinha sido desmascarado, mas mesmo assim prefaciou-o.

É por essas e por outras que eu acho esta entrevista, que traduzi da Slate, muito interessante. Segue-se o texto da entrevista.

Nancy MacLean, autora de uma biografia intelectual de James McGill Buchanan, explica como o trabalho desse pouco conhecido libertário está a influenciar a política moderna.

Por Rebecca Onion

Quando o Supremo Tribunal decidiu, no caso de 1954 Brown vs. Board of Education, que as escolas públicas segregadas eram inconstitucionais, o economista James McGill Buchanan, nativo do Tennessee, ficou horrorizado. Ao longo das décadas seguintes, o pensador libertário1 encontrou acolhimento confortável como pesquisador numa série de universidades e passou o seu tempo a articular uma nova visão geral da sociedade americana, em que o governo seria quase inexistente e não teria qualquer obrigação – nem fornecer educação, nem cuidados de saúde, nem apoio na velhice, nem comida nem alojamento – a quem quer que fosse.

Esta visão radical tornou-se a cartilha para uma rede de pessoas que procuram superar a democracia, a fim de transferir mais dinheiro para a minoria mais rica, argumenta a historiadora e professora da Universidade de Duke (Durham, Carolina do Norte, EUA), Nancy MacLean, no seu novo livro, uma biografia intelectual de James Buchanan chamada Democracy Acorrentada: A História Profunda do Plano Furtivo da Direita Radical para a América A história da vida de Buchanan, escreve ela, é "a verdadeira história de origem da direita radical bem-sucedida de hoje".

Falei com MacLean sobre a evolução intelectual de Buchanan e o seu legado atual. Discutimos se é útil ou contraproducente chamar à rede de organizações financiada por Charles Koch2, uma "conspiração", a linha de influência entre Buchanan e o que está a acontecer no estado natal de MacLean, a Carolina do Norte, e a época em que Buchanan ajudou o ditador do Chile a desenvolver uma Constituição profundamente antidemocrática. A nossa conversa foi editada e condensada para maior clareza.

Então, por que é que James Buchanan é tão desconhecido? Teve um Prémio Nobel, como é que conseguiu voar sob o radar?

Ele tinha uma personalidade muito diferente de alguém como Milton Friedman. Eu penso neles como um tipo de yin e yang. Friedman era muito solar e Buchanan era uma figura mais sombria. Friedman ansiava sempre muito por estar no centro das atenções e Buchanan não era assim. Estava muito interessado em causar um impacto a longo prazo e treinar outras pessoas, e parecia contentar-se mais em conversar com pessoas poderosas do que em falar com o público. Os seus livros foram realmente escritos para outros estudiosos, não tanto para o público em geral.

Pode relacioná-lo com outras pessoas, além de Friedman, que possam ser mais familiares para nós hoje?

As pessoas podem estar familiarizadas com a Sociedade Mont Pelerin, o grupo internacional acessível só por convite que começou em 1947, lançado por Friedrich Hayek. Essa sociedade incluiu Hayek, Ludwig von Mises, Milton Friedman, Buchanan e, em última instância, Charles Koch (o que eu acho que muitas pessoas não sabem!), e muitos outros.

Friedman e Hayek colocaram muito mais ênfase em argumentar em defesa dos mercados livres, enquanto a missão distintiva de Buchanan era argumentar contra o governo... A sua ideia básica é que as pessoas erram em pensar que os atores políticos estão preocupados com o bem comum ou o interesse público, quando de facto, de acordo com a maneira de Buchanan ver as coisas, todos devem ser vistos como atores interessados em procurar as suas próprias vantagens. Disse que devemos pensar em políticos e cargos eleitos, como procurando o seu próprio interesse na reeleição. E é por isso que vão fazer várias promessas dispendiosas a vários eleitores, porque não terão que pagar por isso. E dizia que os funcionários de uma agência – digamos, da Agência de Proteção Ambiental – continuariam a tentar expandir a agência, porque isso iria expandir o seu poder e recursos.

Na verdade, houve outras pessoas que realmente testaram isso empiricamente e descobriram que não era válido, e trata-se realmente de uma caricatura do processo político, mas é uma caricatura que se tornou muito, muito difundida atualmente.

Você mencionou algumas vezes no livro que Buchanan não fez pesquisa empírica autêntica. Então, ele escrevia a partir de quê?

Foi treinado na teoria dos jogos na Rand Corporation e usa muito disso. Mas, basicamente, escreve mais como um filósofo social, alguém que estuda o contrato social.

As suas ideias mudaram ao longo do tempo?

O tipo de ideias centrais permaneceu o mesmo. O que mudou ao longo do tempo foi a sua própria perspetiva. Tornou-se muito mais sombrio ao longo dos anos. O seu primeiro grande livro no seu campo, chamado economia da escolha pública, foi intitulado The Calculus of Consent, saiu em 1962 e foi em co-autoria com Gordon Tullock. Foi o trabalho para o qual Buchanan foi mais reconhecido na sua citação para o Nobel. Nesse trabalho, parecia acreditar que de alguma forma as pessoas de boa vontade poderiam chegar a algo próximo da unanimidade sobre as regras básicas de como governar a nossa sociedade, sobre coisas como tributação e gastos do governo e assim por diante.

E, em meados da década de 1970, concluiu que isso era impossível e que não havia maneira de que as pessoas pobres concordassem... não havia nenhuma forma de que as pessoas que não fossem ricas, que não fossem grandes proprietários, concordassem com o tipo de regras que propunha. Então, esse foi um trabalho muito sombrio. Chamou-se The Limits of Liberty. Ele realmente disse naquele trabalho que a única esperança poderia ser o despotismo.

E passou do ato de escrever isso para o de aconselhar a junta de Pinochet no Chile sobre como elaborar a sua Constituição. Este documento foi mais tarde chamado "Constituição de ferrolhos e trancas", [e foi projetado] para que a maioria não pudesse fazer sentir a sua vontade no sistema político, a menos que fosse uma enorme supermaioria.

Sim, era muito sombrio.

Conte-me mais sobre o relacionamento entre Koch e Buchanan.

Eu acho que muitas pessoas à esquerda realmente subestimaram a inteligência de Koch e a sua força, e também entenderam mal os seus motivos. Houve um trabalho brilhante de jornalistas, muito bom, ao escavar a pista do dinheiro e as operações de Koch, mas muitos desses textos parecem assumir que ele age apenas porque vai diminuir sua conta de impostos ou porque ele quer fugir às regulamentações, pessoalmente. Acho que é uma avaliação errada do homem. Ele é profundamente ideológico e lê quase fanaticamente há muito tempo. Vejo-o como alguém bastante messiânico. Comparou-se a Martinho Lutero e o seu esforço com a Reforma Protestante. Quando investiu no centro de Buchanan na Universidade George Mason (Fairfax, Virginia, EUA), disse que queria "desencadear o tipo de força que impulsionou Colombo".

Não é alguém que esteja apenas a tentar diminuir os seus encargos fiscais. Ele procura uma visão totalmente nova da sociedade e do governo, diferente de qualquer coisa que exista ou tivesse existido em qualquer lugar do mundo, porque está certo das suas certezas. Eu acho que é mais assustador, porque não corresponde às ideias que temos sobre política.

Pois, como se não tentasse apenas fazer eleger uma pessoa em particular. Você menciona várias vezes que Buchanan era muito contra essa ideia, que o objetivo fosse conseguir eleger uma pessoa em particular. O ponto, para ele, era mudar todo o sistema.

Certo. Você perguntou como os dois homens estavam ligados. Eu só tenho a pista documental que encontrei. Mas, do que encontrei, acredito que eles entraram em contacto pela primeira vez ou começaram a trabalhar juntos em 1969 ou 1970, e isso foi no contexto da agitação dos campus contra a guerra no Vietname e a favor de estudos negros, e assim por diante. Buchanan escreveu um livro sobre a agitação do campus que aplicava a isso a sua escola particular de pensamento. Koch tinha uma operação chamada Centro de Educação Independente, e esse centro pegou no livro de Buchanan e transformou-o numa espécie de panfleto que pôde ser distribuído de forma mais ampla.

Em 1970, Koch juntou-se à Sociedade Mont Pelerin. Assim que entrou, começou a publicitar as suas muitas organizações e esforços diferentes, a tentar recrutar e levar as pessoas a eventos e assim por diante, através do Mont Pelerin. Buchanan ajudou com a fundação do Instituto Cato e com várias outras empresas intelectuais queridas a Charles Koch, como esse chamado Instituto de Estudos Humanos.

E, em seguida, Koch financiou o centro de Buchanan, bem como outros projetos, na Universidade George Mason. Uma das ideias de Buchanan de que Koch gostava era o conceito de fazer uma enxurrada de mudanças de uma só vez para que as pessoas tivessem dificuldade em opor-se a elas.

Sim, e no mesmo ano em que Koch investiu todo esse dinheiro em George Mason, o economista Tyler Cowen recebeu uma comissão do Instituto de Estudos Humanos para produzir uma revisão dos lugares onde a liberdade económica fez grandes avanços. Cowen defende o que chama "Big Bang".

Curiosamente, é a mesma frase que é usada pela Civitas, a organização afiliada a Koch na Carolina do Norte, depois de assumirem a legislatura estadual aqui em 2011. Na verdade, eu tenho que dar à Assembleia Geral liderada pelos republicanos da Carolina do Norte algum crédito para este livro, porque eu estava a debater-me com as ideias de Buchanan, tentando entender as implicações, porque ele escreveu de forma um tanto abstrata. E então a Assembleia Geral entrou na Carolina do Norte e acabou por tornar tudo tão claro. Eu vi as medidas práticas a ser tomadas e foi como, "Oh, é disto que ele fala! É disto que se trata!" Eu deveria tê-los mencionado nos agradecimentos.

Gostaria de falar mais sobre a forma como o racismo funciona no projeto intelectual de Buchanan. Você escreve na conclusão do livro que esta escola de pensamento defende "alistar a supremacia branca para garantir a supremacia do capital". É possível desembaraçar esses dois?

Bem, este é um desafio para a esquerda porque algumas das nossas categorias, penso eu, não são muito flexíveis, e também são impulsionadas pelo mundo político em que operamos. Então, por exemplo, enquanto tentamos pensar sobre o que acontece com as medidas de supressão de votantes, o fator operativo é a discriminação racial, não é verdade? E assim se pensa que os esforços de supressão de votantes são motivados pelo racismo. Trata-se bons velhos rapazes que odeiam pessoas negras e é por isso que agem assim.

Eu acho que o que acontece é que essas pessoas são extremamente astutas e calculistas, e entendem que os afro-americanos, pela sua experiência histórica e pela sua habilidade política, percebem melhor a política e o governo, de muitas maneiras, do que muitos brancos norte-americanos. E eles são uma ameaça para este projeto porque nunca votarão nele. Então querem mantê-los fora das urnas.

Da mesma forma, os jovens estão a inclinar-se para a esquerda agora, e não aceitam muitas das ideias fundamentais deste projeto, então este projeto está muito determinado em afastar os jovens das urnas. Francamente, se eles pudessem manter as mulheres afastadas, também o fariam. Porque entendem que o sufrágio das mulheres abriu o caminho para um maior envolvimento do governo na economia e uma maior provisão e regulamentação social.

Cometemos um erro quando pensamos que se trata apenas de reacionários preconceituosos, e precisamos vê-los como calculistas astutos que querem manter quem se oporia a essa visão longe das urnas.

Então, trata-se de poder, dinheiro.

Não só dinheiro. Penso que também é muito mais sobre a psicologia do domínio ameaçado. Acreditam que se outros tiverem cidadania plena e puderem trabalhar em conjunto para governar a sociedade, isso prejudicará a sua própria liberdade. E isso, de alguma forma, é muito mais profundo do que o dinheiro para mim. É difícil encontrar as palavras certas para isso, mas é toda uma forma de estar no mundo e de ver os outros. Assumindo o direito de dominar.

O seu livro chama as ideias de Buchanan um "plano furtivo". Como podemos, à esquerda, evitar cair na armadilha do pensamento da teoria da conspiração enquanto tentamos entender esse movimento?

Um dos desafios é que a nossa linguagem não está à altura da ameaça que enfrentamos. Como estudiosa, entendo o problema das teorias da conspiração. Não quero ser vista como promotora de uma teoria da conspiração. Até porque não é uma conspiração, por definição. Uma conspiração envolve ilegalidade e as pessoas que estão a financiar, a apoiar e a promover esta operação, são extremamente bons advogados e penso que acreditam realmente na lei, e estão sendo, com a possível exceção das leis sobre organizações sem fins lucrativos, escrupulosamente legais no que estão a fazer.

Então, a conspiração não é uma boa palavra. Mas, por outro lado, esta é uma operação vasta, interligada e não honesta. Eles dizem essas coisas anódinas sobre a liberdade – como o título de um livro que é Não ferir pessoas e não tirar as suas coisas!. E não é disso que se trata. A realidade é que eles estão a mexer furiosamente nos limites dos círculos eleitorais3, de uma frorma como nunca vimos na nossa história; estão a praticar a supressão de eleitores de uma maneira que não vimos desde a Reconstrução*; estão a esmagar sindicatos sob falsos pretextos, não dizendo às pessoas que na verdade querem destruir a capacidade dos trabalhadores se organizarem coletivamente... Eu poderia continuar e continuar.

Estão a fazer muitas coisas por razões estratégicas e não são honestos com o público sobre isso. Isso sugere que precisamos de um novo vocabulário para entender com o que estamos lidando aqui. Eu usei com cuidado o termo "quinta coluna" no livro, e você sabe, há problemas com esse termo também, mas pelo menos ele fica-s no facto de que esses doadores ricos que Charles Koch convocou são profundamente hostis ao modelo de governo que prevaleceu nos Estados Unidos e em muitos outros países há um século.

Embora eu pense que precisamos de todo o excelente trabalho de investigação que está a ser feito para tentar demonstrar como essas organizações apresentadas ao público como separadas na verdade são coordenadas, não acho que apenas comunicar isso isso seja suficiente. Eu acho que o que precisamos transmitir às pessoas é que esta é uma causa messiânica, com uma visão da boa sociedade e do governo que eu creio que a maioria de nós acharia terrível, pelas implicações práticas e impacto que teria nas nossas vidas .

Estamos num momento crucial da nossa história, e não teremos outra chance, de acordo com a própria narrativa desta causa. Eles dizem repetidas vezes que isso vai ser permanente, e estão muito perto da vitória. Portanto acho que precisamos ser realmente lúcidos sobre isso e estreitar os laços uns com outros sem pânico.

A coisa mais importante que eu quero que os leitores tirem deste livro é uma compreensão de que a rede Koch e todas essas pessoas fazem o que fazem porque entendem que as suas ideias os tornam uma minoria permanente. Não podem ganhar sendo honestos sobre o que estão a fazer. É por isso que fazem as coisas destas formas enganosas e assustadoras.


E isso, penso eu, é um sinal de grande poder para a maioria das pessoas, que eu acho fundamentalmente decente, e concordam com muito mais do que nós somos levados a crer.  


1 Libertário aqui apresenta-se no sentido norte-americano e não europeu. O pensamento libertário europeu é praticamente sinónimo de anarquismo, enquanto nos EUA se refere ao máximo de liberdade económica, não sendo, de forma nenhuma, uma filosofia igualitária nem progressista.    

2 Charles Koch é o presidente , com o seu irmão, das Indústrias Koch. É membro da Sociedade Mont Pelerin, fundada pelos economistas da Escola Austríaca Friedrich Hayek e Ludwich von Mises. Fundou uma quantidade de instituições e think tanks com o objetivo de provover ideias conservadoras, nem sempre de forma aberta: o Cato Institute (criado como Koch Foundation), Instituto de Estudos Humanos, Americanos para a Prosperidade (que criou o Tea Party) e o ALEC (organização que fornece rascunhos de leis para serem propostas nos vários estados), entre outros.    

3 Nos EUA o partido no poder a nível estadual tem a possibilidade de traçar os limites dos círculos eleitorais em futuras eleições. Isso leva a que os distritos tenham por vezes formas torturadas e estranhas e a que em muitos casos sejam praticamente impossível à oposição voltar ao poder. Estas ações chamam-se Gerrymandering.    .

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